em caibro de telhado, madeira velha e pesada,
réguas grosseiras apodrecidas, a muito abandonadas,
marcadas com clichês pelos servos da ganância,
compõem a moldura de um mundo limitado.
os mestres da soberba arrogância,
tomados de ânsia de poder, percebem-se donos
de uma verdade única, mas é ultrapassada.
o saber que evoluí como árvores da floresta
se desenvolve, mesmo que neguem, sob suas vistas.
creem que não há tempo, tudo é estático,
nada muda, tudo fica como sempre,
ainda que mude bem na sua frente.
rejeitam o amor pela vida que se difunde,
abraçam o preconceito e rezam pela morte
dos que falam em igualdade e respeito.
negam os ensinamentos de seu mestre,
que falava de fé, perdão e amor.
moldura que limita o mundo da musa,
floresta de Dionísio pelo sátiro habitada,
quadro que seria lindo, caso a ninfa
ganhasse asas, livrando-se da moral estática
que orna esta moldura de matéria gasta,
muito antiga para não ser distorcida.
Comments
February 2, 2025 15:59
Chouette poème, merci <3